Esta semana recebi o contacto de mais uma puérpera com a suas preocupações sobre o aleitamento materno. Entre lágrimas e inseguranças, a dúvida surgiu: “Será que o meu leite é fraco?”
Essa é uma pergunta que atravessa gerações, e que carrega em si medo, culpa e, muitas vezes, falta de informação. Então, que tal falarmos sobre isso com carinho, mas também com ciência?
A ideia de que algumas mulheres produzem “leite fraco” é muito comum, mas não tem respaldo científico. A composição do leite materno pode variar ao longo da mamada, do dia e até conforme a idade do bebê — mas sempre atende às necessidades nutricionais da criança.
O que pode acontecer é o bebê chorar, mamar em intervalos curtos ou não ganhar peso tão rápido quanto os familiares esperam. Isso costuma ser interpretado como sinal de leite “fraco”. Na realidade, pode estar relacionado a pega inadequada, sucção ineficaz, intervalos irregulares de mamada ou falta de apoio à nutriz.
Estudos mostram que o leite materno contém a quantidade ideal de proteínas, gorduras, vitaminas, anticorpos e água para o desenvolvimento saudável do bebê.
Se há dúvidas sobre o ganho de peso ou sinais de fome constante, o ideal é procurar acompanhamento de um profissional capacitado em aleitamento materno. Muitas vezes, pequenos ajustes na pega ou na frequência das mamadas resolvem a situação.
Se você já pensou ou ouviu que o seu leite é fraco, respire fundo: isso é mito. O seu corpo foi feito para nutrir o seu bebê. O que você precisa é de apoio, orientação adequada e confiança no processo.
O importante é saber que você e seu filho estão aprendendo juntos — e isso exige paciência e cuidado.
Estou aqui para auxiliar neste processo tão fundamental.